A partir de 1847, o lar da família Fox, em Hydesville no Estado de New York, foi perturbado por ruídos inexplicáveis, que tiravam o seu sono. A série desses eventos, assim como as acusações e as perseguições nascidas dos fanatismos religiosos tiveram uma grande repercussão na Europa. O fenômeno das mesas girantes decorreu por volta de 1850, expandindo-se largamente pelo mundo, e confirmava a hipótese da manifestação de forças inteligentes intervindo sobre o plano físico. Esses fenômenos se transformaram em moda e passatempo. Em conseqüência, foram freqüentemente acolhidos com grande incredulidade, mas atraíram também a atenção dos homens de ciência, que se puseram a observar e estudar seriamente a fenomenologia mediúnica, descartando rapidamente a hipótese de fraudes. Entre eles figura Hippolyte Léon Denizard Rivail que mais tarde adotaria o pseudônimo de Allan Kardec. Foi em 1854 que ele ouviu falar das mesas girantes e das manifestações inteligentes. Cético de início adotou, entretanto, uma atitude correta ao aceitar assistir às experiências, empreendendo depois seus sérios estudos do Espiritismo. Sem nunca elaborar uma teoria preconcebida ou prematura, aplicou o método experimental pela observação rigorosa e meticulosa dos fenômenos. Por um trabalho de observação e análise metódica, multiplicando as fontes (50.000 mensagens) e os médiuns, comparando as mensagens e passando-as sob o crivo da razão e do bom senso, Allan Kardec organizou e tirou os ensinamentos dos espíritos, e os publicou em 18 de Abril de 1857 no "O Livro dos Espíritos". Portanto 159 anos de luz para o mundo. Ave, Kardec.
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